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03 junho 2005

Deves ser bom, deves... 

Ouvi uma conversa engraçada.

A uma questão que definiria um pouco do nível de QI de um indivíduo (a saber: "Estás numa corrida, em 3º lugar. Ultrapassas o concorrente que ocupa a 2ª posição. Em que lugar ficas?"), o dito (indivíduo) responde convictamente: "Em 1º lugar, claro."

OK, está mal. Mas toda a gente erra, e errar é humano.

Curiosamente, aos risinhos normais neste tipo de situações (por parte daqueles que, eventualmente, falharam também a resposta na sua condição de inquirido, mas que naquele momento sabiam a resposta certa) o mesmo dito acrescenta: "É que há por aí uns otários que respondem "Em 2º lugar!!", acham que me apanhavam com essa? É muito fácil!"

E eu pergunto-me: qual é o preço a pagar por se ser ignorante? É uma condição que, em plena capacidade de exercício de funções, não está ao alcance do comum dos mortais. A ignorância plena não deixa lugar à dúvida. E isso, meus filhos, é um dom raríssimo e não muito fácil de detectar. A sensação mais próxima da realização pessoal, da felicidade absoluta e do contacto com Deus é ser-se o mais perfeito ignorante. Não será porventura muito fácil de compreender porque ninguém gostará de ser apelidado de ignorante, mas a verdade é que, na dose certa, confere o poder de transformar tal insulto no mais eloquente elogio.

Surge então a questão óbvia, para quem ler (des)atentamente este blogue:

"Mas estes tipos sabem o que dizem?"

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