<$BlogRSDUrl$>

18 julho 2005

Os cinco sentidos (3) 

Homenagem ao ouvir. De forma diferente, em jeito de criação musical.
Silêncio, que se vai cantar o fado.


"Ó Maria, não vás p'ró fado!"
em dó e sol, à terceira vai ao fá

Soltou-se do seu amor,
só p'ra ir cantar o fado!
Descobriu logo em seu redor,
Guitarras em alegre cantado.

(bis)

Ó Maria vai bem atenta,
Tu cantas bem, e isso chama
O olhar de que esquenta,
Um lugar ao seu lado na cama.

(bis)

"Não tenhas medo, sou já crescida!"
Assim deixou sua mãe descansada.
Sem ter noção que a filha querida,
Ia p'ró fado, toda aperaltada...

(bis)

O seu marido, gente honesta,
Louco de amor por esta morena,
Nem imagina que a sua testa
Leva um par digno d'uma rena!

(bis)

Pobre do homem. Dá pena, coitado.
De sol a sol, não larga a enxada.
Enquanto lá, a cantar o fado,
Sua mulher sacia a rapaziada.

(bis)

Já diz o velho ditado popular
"Se um padeiro não largar o forno
e na mulher puser mais o olhar,
ou tem uma santa, ou fama de corno!"

(bis com recorte final)

07 julho 2005

Ao retorno do (3º) filho pródigo 

Fico contente por saber
que, muito tempo depois,
aqui voltas a escrever.
(Ao menos) já somos dois!

05 julho 2005

Os cinco sentidos (2) 

Procuro e espero encontrar,
algures no tempo e espaço,
o alcance do meu olhar.
Não hesito. Sem embaraço

Disparo,
e se acertar
não páro.
E se falhar
preparo
(novamente) o meu olhar.

Fecho os olhos, acredito
que a dor passe. Não passa.
De súbito percebo e fito
a causa dessa dor. Faça

sempre o que fizer, feche
os olhos à tormenta, deixe
correr o olhar pela vida,
dói o mesmo. E a dor contida

nas trevas da cegueira,
inflingida por cobardia,
dói bem mais do que à beira
daquela que ao menos se via.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Site Meter

Esta página cumpre os 'standards' da WWWeb

Valid XHTML 1.0!